E vamos a mais uma crítica especial do 75º aniversário do Morcegão. Depois do sucesso do Batman de 89, que virou um fenômeno mundial, a Warner chamou Burton e Keaton para mais uma aventura do Cavaleiro das Trevas.
Batman - O Retorno traz um Burton mais à vontade e um Keaton mais imerso na persona do Morcegão. Tim Burton traz toda sua atmosfera gótica para o segundo filme com uma ambientação de natal perfeita para seu estilo, tudo perfeitamente complementado pela trilha de Danny Elfman, que tem um tom mais soturno, incluindo coros de crianças que criam um estilo mais sombrio.
Michelle Pfeiffer foi chamada para o papel da sedutora Mulher-Gato e o Danny DeVito personificou o Pinguim. Michael Gough e Pat Hingle voltaram a seus papéis do filme anterior. Novamente, nem sinal do Asilo Arkham. Apesar do grande sucesso de bilheteria, o filme foi julgado muito soturno para o grande público, o que fez a Warner procurar uma equipe que desse mais leveza e criasse um filme-família com o Morcegão. Mas essa história fica para uma próxima... Vamos aos pontos positivos e negativos do filme.
Pontos Negativos:
As origens - Tanto a do Pinguim quanto a da Mulher-Gato são inacreditáveis e superficiais. Um garoto deformado que parece um pinguim é jogado no esgoto e encontrado por... pinguins! Nossa! E a secretária desajeitada de Max Shreck é jogada de um prédio, é mordida por vários gatos e... aprende artes marciais, a usar um chicote e ganha nove vidas num passe de mágica. Sério?
Comissário Gordon - Depois de um bom papel no primeiro filme, o saudoso Pat Hingle passou a viver Gordon como um simples amiguinho do herói que aparece umas duas vezes durante o filme inteiro. Hingle é dedicado, mas o roteiro joga o querido Comissário para escanteio sem dó.
O clímax - De novo, o protetor de Gotham mata seus inimigos com altas quedas. Depois de soltar morcegos encima do Pinguim, o vilão cai por uma janela e fere-se mortalmente. Sério mesmo? Menos sádica do que a morte do Coringa, mas ainda assim esse Batman nem precisa do Arkham. Bandido bom é bandido morto continua sendo o código do Batman de Burton. Além disso, o final da Mulher-Gato e Max Shreck é sofrível.
Pontos Positivos:
Batman e Bruce Wayne - Keaton está bem mais maduro no papel. Seu Batman mostra ainda mais do seu lado detetive e tem mais cenas de ação, enquanto seu Bruce Wayne está bem melhor dosado. Ponto para Keaton, que mostra novamente para os seus haters que seu Batman é incrível!
O uniforme - Bem melhor do que o usado no primeiro filme. Tem um visual mais próximo de uma armadura, com um design de máscara perfeito. Também permitia a Keaton e aos dublês uma movimentação bem melhor.
Os vilões - Simplesmente perfeitos. Interpretações geniais tanto de Danny DeVito e Michelle Pfeiffer.
Alfred - Novamente perfeito. Michael Gough É o Alfred. Próximo!
Ação - Tanto as cenas de luta de Batman contra o Circo do Triângulo Vermelho quanto a parte sensacional do Bat-Barco tornaram-se inesquecíveis.
Batman - O Retorno é considerado por muitos o melhor filme da era pré-Nolan, e por alguns até o melhor filme do Batman entre todos. O que vale ressaltar é que é realmente um filme incrível.
Tim Burton deixou sua marca nos filmes do Morcegão com dois filmes maravilhosos. Filmes que, até hoje, criam legiões de fãs e deixaram fãs cheios de saudades do estilo de Burton em sua passagem pelos filmes do Batman.
Batman - O Retorno é um dos melhores filmes do Batman, simplesmente por ser um dos que mais se aproxima do que imaginamos do Batman e do universo de Gotham City. Não é simplesmente um filme. É um marco na trajetória do Homem-Morcego, e, por que não, nas vidas dos que são fãs do protetor de Gotham. Assistir o filme sem aquele sentimento gostoso de nostalgia é praticamente impossível.
Alguns fãs reclamaram do estilo de Burton... e em menos de 5 anos começaram a morrer de saudades...
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