No ano em que o Morcegão comemora 75 anos, uma nova animação foi lançada pela Warner. O interessante é que esta animação em especial é inspirada no universo Arkham dos games.
Na história, Amanda Waller recruta alguns dos maiores criminosos do mundo para formar uma força-tarefa chamada Esquadrão Suicida. Os vilões têm como missão encontrar um aparato roubado pelo Charada e escondido dentro do Asilo Arkham. Enquanto isso, Batman persegue as pistas de uma bomba plantada pelo Coringa em Gotham. Os caminhos do Esquadrão e do Homem-Morcego se cruzarão em algum ponto.
Começando pelo visual, a inspiração nos jogos Arkham é clara. Batman usa uma roupa cheia de detalhes e olhos aparentes, como no game. Coringa, Charada, Bane, Hera Venenosa, personagens principais e coadjuvantes foram igualmente retirados direto dos games em relação ao visual. Os cenários também pegam esse visual, assim como os aparatos do Batman e veículos. Chega a ser primorosa a quantidade de detalhes e referências tiradas diretamente por games.
Quanto ao elenco de dublagem, incrível. Kevin Conroy e Troy Baker, que dublaram Batman e Coringa na animação e também o fizeram nos games (Conroy nos dois primeiros e Baker em Arkham Origins), repetem aqui suas incríveis atuações, encabeçando um elenco formado por vozes já conhecidas de quem jogou o game e novas vozes, relacionadas aos novos personagens introduzidos no filme.
A caracterização dos personagens é muito fiel, desde o visual até seu papel na trama. O Esquadrão Suicida, em uma de suas formações mais peculiares (Pistoleiro, Arlequina, Rei Tubarão, Capitão Bumerangue, Nevasca e Aranha Negra) tem um papel fundamental e rouba a cena durante um bom tempo da história. Todos fiéis às suas contrapartes dos quadrinhos, mas com adaptações relacionadas ao universo dos games.
A história é esforçada, mas não é excelente. Pelo tempo limitado das animações, o filme se reserva a algumas resoluções rápidas. A violência estilizada remete diretamente aos games, com lutas intensas, e uma certa dose de sangue, algo que raramente se vê em filmes animados da DC, mas tem sua parte nos games que inspiraram o filme. Uma boa parte da fraqueza do roteiro também está no exagero de tempo de tela do Esquadrão Suicida em relação ao Batman. O Morcegão acaba se tornando um coadjuvante enquanto dinâmicas desnecessárias e histórias paralelas são costuradas em relação ao grupo de vilões. Uma pena, em um filme tão cheio de potencial.
Concluindo, Assault on Arkham é altamente recomendado, principalmente por quem gostou dos games ou simplesmente é fã do Morcegão. Podia ter um roteiro melhor, mas é um filme decente e só faz acrescentar à sensacional mitologia iniciada no game Batman: Arkham Asylum.
Nota: 7,5
É bem divertido e uma boa opção pra ocupar 90 minutos descompromissados.